“... santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm”( I Pedro 3.15)
A igreja é dinâmica. Engana-se quem pensa que a igreja só é igreja quando está reunida e só serve para cantar, ler alguns trechos da Bíblia, orar e ouvir pregações. Mas, a igreja tem um significado bem maior do que você pensa! Tão recente estudamos a igreja preocupada com a justiça em seu aspecto mais amplo: justiça de Deus que se cumpriu em Cristo e que nos possibilitou a salvação. Vimos que podemos praticar a justiça nos seus mais variados aspectos, vivendo-a pela fé. E também aprendemos que a igreja vive o amor, e com isso, reproduz na prática o amor de Deus. Agora, vamos pensar na igreja que olha para o futuro, preparada para “responder a todo aquele que pedir razão da esperança que tem”.
Olhar para o futuro exige esperança. Não olhamos para o obscuro. O nosso olhar deve ser assertivo e com convicção como fez os Colossenses. Deles Paulo disse: “desde que ouvimos da fé que vocês têm [...] e do amor [...] por todos os santos, por causa da esperança que está guardada para vocês nos céus. Desta esperança vocês ouviram falar anteriormente por meio da palavra da verdade do evangelho, que chegou até vocês” (Cl 1.4-5). Neles havia convicção. Esperança é espera paciente. Não é algo como se fosse o último recurso de uma pessoa, como se diz: “A esperança é a última morre”. Esse é um conceito que induz à resignação. Esperança não é resignação, é espera consciente, positiva e confortadora. É alegre expectativa.
A Bíblia diz que Deus é a esperança de Israel: “Ó Esperança de Israel e Redentor do teu povo no tempo da angústia, por que serias como estrangeiro na terra e como viajante que fica só uma noite?” (Jr 14.8) e Paulo afirma: “Cristo Jesus, nossa esperança” (I Tm 1.1). O conteúdo ou a essência da esperança é a própria pessoa de Deus: “pelo qual obtivemos também acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2). Os cristãos esperam a glória da presença de Deus e de seu Filho Jesus Cristo e com grande expectativa, a gloriosa presença é a vinda do Reino em plenitude.
A esperança faz parte dos elementos essenciais da vida cristã “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor” (I Co 13.13). Por isso, a esperança produz frutos, paciência e perseverança na oração e tem suas qualidades: é boa “o próprio Jesus Cristo [...] e Deus, o nosso Pai, [...] nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça” (II Ts 2.16). É bendita: “aguardando a bendita esperança...” (Tt 2.13). A esperança não é um mecanismo inventado para “fugas” das responsabilidades que o cristão tem, nem deixá-lo alheio ao que acontece no seu presente. A esperança cria uma estabilidade tanto no presente como no futuro e certifica ao cristão de que Deus tem o controle presente e futuro.
De seu pastor e amigo,
Pastor Washington Luiz da Silva
